Que uma alimentação saudável é indispensável para o bem da nossa saúde, todo mundo sabe. Afinal, os nutrientes necessários para o nosso desenvolvimento e para a perfeita manutenção de nossas funções vitais estão todos concentrados em frutas, verduras, legumes, carnes, ovos, peixes e óleos vegetais. Mas o que pouca gente sabe é que eles também colaboram para a prevenção de uma série de doenças causadas pela ação dos radicais livres que afetam nosso organismo. E não estamos falando apenas de gripes, resfriados e infecções, mas também de doenças degenerativas graves, problemas cardiovasculares e até mesmo envelhecimento precoce. Neste sentido, a ação antioxidante dos alimentos no combate a esses problemas de saúde é muito melhor do que a de muitos medicamentos e suplementos encontrados por aí.
O que acontece
Antes de falar dos alimentos antioxidantes, é preciso entender a ação dos radicais livres. Todas as células do nosso corpo precisam ser abastecidas constantemente de oxigênio para converter os nutrientes absorvidos dos alimentos em energia. Só que a queima do oxigênio, também chamada de oxidação, libera moléculas de radicais livres - que são instáveis e possuem um elétron com carga negativa que se associa rapidamente a moléculas de cargas positivas com as quais pode reagir ou oxidar. Esse processo pode danificar as células sadias do corpo, pois o excesso dessas moléculas pode atingir e prejudicar o DNA das células, provocando doenças.
Mas as células do nosso corpo já estão acostumadas a ser bombardeadas pelos radicais livres dezenas de vezes por dia, pois possuem enzimas que "consertam" 99% dos danos causados pela oxidação. O problema acontece quando há radicais livres demais no organismo. E isso nem sempre é causado apenas por reações químicas, mas também por fatores externos, que também podem contribuir para o aumento da quantidade desses radicais livres e causar danos irreparáveis. Exemplos? Cigarro, fumaça de cigarro e álcool; poluição ambiental e gases emitidos por escapamentos de veículos; substâncias tóxicas presentes em alimentos e bebidas, como hormônios e aditivos químicos; estresse e consumo alto de gorduras saturadas, como frituras e alimentos embutidos; exposição a raios X e à radiação ultravioleta do sol.
Alimentos: a melhor arma
Para combater todos esses efeitos maléficos, entram em ação os antioxidantes, moléculas de carga positiva que anulam a ação de oxidação dos radicais livres. E eles estão mais ao alcance do que se imagina: nos alimentos. Estudos mostram que uma alimentação rica em frutas, legumes, vegetais, hortaliças e cereais garantem uma boa proteção contra os radicais livres e ainda reduzem consideravelmente o risco de envelhecimento precoce e também de várias doenças. Veja onde encontrar essas substâncias:
VITAMINA A: abóbora, batata doce, brócolis, cenoura, damasco seco e melão;
VITAMINA C: frutas cítricas e vegetais verdes, como acerola, brócolis, caju, couve, kiwi, laranja, lima, limão, morango e tomate;
VITAMINA E: a fonte mais importante é o gérmen de trigo, mas também pode ser encontrada em amêndoas, castanhas-do-pará, gemas, legumes, vegetais folhosos e óleos de algodão, arroz, girassol, milho e soja;
BIOFLAVONÓIDES: frutas cítricas e uvas vermelhas ou escuras;
CATEQUINAS: chá verde, morango e uva;
ISOFLAVONAS: principalmente na soja;
LICOPENO: principalmente no tomate;
SELÊNIO: aves, carnes, frutos do mar, fígado e castanha-do-pará;
ZINCO: aves, carnes, cereais integrais, feijões, frutos do mar, leite e nozes;
Segundo a nutricionista Mariane Netto Weiler Zamboni, a alimentação antioxidante garante ótimos resultados, mas que, sozinhos, esses nutrientes não fazem milagres. "É preciso, também, evitar contato com os fatores externos que aumentam a quantidade de radicais livres no organismo", ressalta. Segundo ela, o consumo diário desses alimentos está liberado. "Eles podem e devem fazer parte da rotina de uma dieta variada e equilibrada, contribuindo para a promoção da saúde", afirma.
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